Exército Vermelho era o nome dado às forças armadas da extinta URSS criado em 1918, renomeado em 1946 com o título de "Exército Soviético" e, finalmente extinto ante o colapso geral do bloco socialista de 1991. Apesar de ter sido rebatizado como Exército Soviético, para a imprensa e público em geral no mundo, o exército da União Soviética continuou recebendo a comum denominação de Exército Vermelho até a sua desintegração. Sua origem remonta à Guerra Civil Russa, ocorrida entre 1918 e 1921, onde era necessária a criação de um exército que representasse o lado BOLCHEVIQUE no conflito e q, por conseguinte, pudesse levar as forças de esquerda a derrotar seus oponentes conservadores, conhecidos como Exército Branco (representando o Movimento Branco), apoiados por forças estrangeiras q então invadiam a então recém proclamada República Russa. O Exército Vermelho seria organizado e fundado pelo dirigente bolchevique Leon Trotsky, num momento em q estes buscavam conquistar o poder central e suas forças encontravam-se praticamente estagnadas, sendo fustigadas pelos exércitos estrangeiros e branco.
Vencida a guerra civil, o Exército Vermelho torna-se o contingente armado oficial do novo país que acabava de emergir do Império e da breve República Russa: A União Soviética (URSS).
Não é exagero dizer que muito do triunfo do Exército Vermelho durante a 2º GUERRA MUNDIAL deveu-se ao esforço sobre-humano de seu contingente, obrigado a contornar situações as mais penosas, e condições extremamente adversas. Mesmo assim, é o primeiro exército aliado a chegar a Berlim, e terminar com a guerra na Europa. No período posterior à Segunda Guerra, o Exército Vermelho funciona como elemento "unificador" do recém-formado bloco soviético, sendo enviado pra reprimir qualquer tentativa de rebelião no bloco socialista do leste europeu. As mais importantes intervenções são na Hungria (1956) e CHECOSLOVAQUIA (1968), onde rebeliões populares contra os respectivos regimes socialistas foram esmagados brutalmente, com a morte de muitos civis.
A última grande intervenção do Exército Vermelho seria no Afeganistão, entre 1980 e 1988, para defender o regime socialista implantado naquele país em 1978. A ocupação acabaria por não ser benvinda pela população em geral, e a intervenção soviética tornou-se um atoleiro onde o governo soviético despejou recursos e dinheiro do estado em vão, para manter uma situação que sozinha não se sustentaria naquele país do centro da Ásia. Com este fracasso ainda latente nas fileiras do Exército Vermelho, ocorre em 1990/1 o desmantelamento do regime russo, com o movimento organizado da própria população. Tentativas pífias de defesa do moribundo regime socialista por membros linha-dura do Exército Vermelho ainda ocorreram, com o objetivo de reprimir as manifestações de rua, mas naquele ponto já era inevitável o fim da União Soviética e seu temível exército.
Século XX e seus detalhes
segunda-feira, 11 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
Filme: Adeus Lenin
Sinopse: Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra Kerner(Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcariam o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Ocidental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não te muitos problemas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa contar com a ajuda de um amigo diretor de vídeos.
O filme Adeus Lenin, mostra um contexto histórico ressaltando a ideia entre Socialismo e Comunismo que eram simbolizadas fisicamente por um muro, que dividia em duas a cidade de Berlim. A queda do muro de Berlim dividiu muito mais que fisicamente a cidade. Ele dividiu famílias, destruiu vidas, desorganizou o ritmo normal de toda uma população. Sua queda, no início da década de 90, marcou formalmente o fim da Guerra Fria e uma mudança profunda na ordem social, política e cultural do mundo.
No filme mostra uma sociedade em conflitos dividida em uma crise socialista desacreditada em uma sociedade justa com o socialismo, porém, alguns ainda acreditavam, e esperançosos, esperavam o triunfo da Alemanha Oriental, e o filme Adeus Lênin nos apresenta uma dessas pessoas. Christiane comunista fervorosa, que colocava nos seus esforços para o governo, as suas esperanças e toda sua vitalidade. Porém, sua força é interrompida quando vê seu filho, Alex num protesto de ativistas contra o governo socialista, Christiane sofre um ataque cardíaco e conseqüentemente entra em coma. Alex sente-se culpado pelo estado de saúde da mãe. A mãe de Alex recupera-se, mas o muro de Berlim já havia caído e a Alemanha se unificara com a derrocada do socialismo na Alemanha, ele tentar convencer a mãe, que está de cama, de que o muro nunca caiu e que o socialismo ainda triunfa naquele país. Para que a mãe não sofresse um choque emocional e prejudicasse a sua saúde, Alex recria em um quarto de seu apartamento a extinta Alemanha Oriental, com produtos, notícias e até mesmo pessoas, mostrando uma fictícia derrocada do capitalismo na Alemanha.Ele ainda cria junto com seu amigo diretor de vídeos um canal de televisão, para sua mãe acreditar plenamente na ideia de que ainda estavam sobre o regime socialista.
sábado, 9 de junho de 2012
O antissemitismo na União Soviética.
A repressão dos últimos anos de Stalin afetou dezenas de milhares de pessoas que estavam bastante afastadas da liderança do partido. Bastava ser filho de um "inimigo do povo" pra ser preso e enviado para um campo de trabalhos forçados. O crescente antissemitismo no período final do stalinismo tb teve consequências terríveis pra muitos cidadãos soviéticos de origem judaica. Teve uma campanha contra o que foi chamado de "cosmopolitismo", dirigida contra todas as influências e ligações estrangeiras, mas particularmente contra os cidadãos considerados por Stalin "cosmopolitas", típicos os judeus. A ideologia marxista-leninista não podia ser tão distorcida a ponto de adotar abertamente o antissemitismo. Por isso, quando isso era usado como arma na União Soviética, era disfarçado de ataque ao cosmopolitismo ou ao sionismo.
Logo depois de o ataque alemão levar a URSS a 2ª Guerra Mundial, uma das organizações oficialmente aprovadas em Moscou foi o Comitê Antifacista Judeu, ao qual judeus soviéticos ficaram felizes por servir. Em novembro de 1948, esse órgão foi abolido, acusado de ser um centro de propaganda antissoviética e de fornecer "informações antissoviéticas a serviços de inteligência estrangeiros". O presidente do comitê foi morto em 1948 , por ordem de Stalin, assim como diversos outros judeus soviéticos proeminentes.
A manifestação final de antissemitismo na União Soviético de Stalin e tb da crescente paranoia de Stalin, assumiu a forma de "golpe dos médicos". Alguns dos médicos mais proeminentes da União Soviética, que tinham tratado de líderes do país, inclusive Stalin, tinham sido presos. Stalin os chamou de nacionalistas judeus, espiões e assassinos desprezíveis disfarçados de médicos-professores.
É possível que Stalin tivesse em mente mais um Grande Expurgo, que envolveria muito mais judeus, mas que teria tb um alcance maior. Depois da morte de Stalin, os médicos foram absolvidos das acusações absurdas contra eles.
Logo depois de o ataque alemão levar a URSS a 2ª Guerra Mundial, uma das organizações oficialmente aprovadas em Moscou foi o Comitê Antifacista Judeu, ao qual judeus soviéticos ficaram felizes por servir. Em novembro de 1948, esse órgão foi abolido, acusado de ser um centro de propaganda antissoviética e de fornecer "informações antissoviéticas a serviços de inteligência estrangeiros". O presidente do comitê foi morto em 1948 , por ordem de Stalin, assim como diversos outros judeus soviéticos proeminentes.
A manifestação final de antissemitismo na União Soviético de Stalin e tb da crescente paranoia de Stalin, assumiu a forma de "golpe dos médicos". Alguns dos médicos mais proeminentes da União Soviética, que tinham tratado de líderes do país, inclusive Stalin, tinham sido presos. Stalin os chamou de nacionalistas judeus, espiões e assassinos desprezíveis disfarçados de médicos-professores.
É possível que Stalin tivesse em mente mais um Grande Expurgo, que envolveria muito mais judeus, mas que teria tb um alcance maior. Depois da morte de Stalin, os médicos foram absolvidos das acusações absurdas contra eles.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Mikhail Gorbachev
Bom, como eu não poderia falar do grande Gorbachev?
Mikhail Gorbachev inscreveu-se no Partido Comunista em 1952 com 21 anos de idade.Começou, então, a progredir rapidamente na sua carreira política. Em 1970 foi nomeado Primeiro Secretário da Agricultura e, no ano seguinte, membro do Comité Central. Em 1972, dirigiu uma delegação soviética à Bélgica e, dois anos mais tarde, em 1974, tornou-se representante do Soviete Supremo (Ao Soviete Supremo competia eleger o Presidium, formar o governo soviético e a Suprema Corte, além de indicar o Procurador Geral da URSS.)
Fez parte do Politburo em 1979.Com 54 anos de idade Gorbachev, é eleito secretário geral do Partido Comunista a 11 de Março de 1985. Sendo, efetivamente, o verdadeiro líder da União Soviética.
Durante seu governo Gorbatchev tentou reformar o partido, que dava então mostras de
decadência, ao apresentar o seu projecto que se resumia nas expressões glasnost ("transparência") e perestroika ("reestruturação") e que é apresentado no 27.º Congresso do Partido Comunista Soviético em Fevereiro de 1986.
Em 1986, Gorbachev também tem de lidar com a explosão do reator da Usina Nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia,
que provocou uma onda de radiação por toda a Europa. A desorganização e
as informações escassas na época contribuíram para que o regime
comunista já estivesse chegando ao fim.
Em 1988, Gorbatchev anuncia que a União Soviética abandonava oficialmente a Doutrina Brejnev (teses socialistas criado pelo estadista soviético Leonid Brejnev), ao admitir que a Europa de Leste adotasse regimes democráticos, se desejassem.
Houveram revoluções
essas que se realizaram de forma pacífica, como na Alemanha, com a
queda do muro de Berlim. Terminava assim a Guerra fria, o que justificou a atribuição do Nobel da paz a Gorbachev em 15 de outubro de 1990. Nesse mesmo ano, as duas Alemanhas, capitalista e comunista, se reunificariam.
Gorbachev Também foi eleito como primeiro presidente executivo da União Soviética em 15 de Março de 1990 mas resignou a 25 de Dezembro de 1991. Nessa mesma noite a bandeira soviética foi recolhida do Kremlin (sede do governo da Rússia).
Gorbachev é bem visto no mundo ocidental graças à sua contribuição para o fim da Guerra Fria, porem, na Rússia, a sua reputação não é tão favorável devido à crise
economica e social que se instalou logo após a queda da URSS. Gorbatchev teve menos de um por cento dos votos na eleição presidencial de 1996
Eu achei bem interessante que em 1997, Gorbachev entrou num anúncio da Pizza Hut, que passou na televisão americana, com o fim de obter fundos para os Arquivos Perestroika.
Stalin: Uma Lenda Fabricada sobe medida
Filho de uma autêntica família de
proletários georgianos, estudou na escola religiosa de Gori, depois no grande
seminário de Tiflis (hoje Tbilissi). Bom filho, bom aluno, bom cantor, bom
esportista, grande leitor, grande poeta, grande organizador, grande orador,
modesto, dotado de excelente memória, voz agradável e carisma sem igual, Josef,
apelidado de “Sosso”, leu Karl Marx no original aos 16 anos – um feito para
esse adolescente que não conhecia uma palavra de alemão. Nessa versão, aos 20
anos, Josef-Sosso Djougachvili, também chamado de “Koba”, já era um
revolucionário experiente. Estava em todo lugar ao mesmo tempo: Tiflis, Batumi,
Tchiaturi, Kutaisi, Baku... e nada acontecia sem que ele tivesse decidido e
organizado. Após várias detenções e fugas, foi preso em fevereiro de 1913,
em São Petersburgo e deportado para Touroukhansk, próximo ao círculo polar;
somente a revolução de fevereiro de 1917, quatro anos mais tarde, lhe
permitiria entrar em São Petersburgo, onde retomaria suas atividades de
agitador, propagandista e matador de mencheviques. Nesse período, Iossif
Djougachvili viveu sob muitos nomes: Sosso-Koba-Ivanovitch-NijeradzeVassili,
até o definitivo “Stalin” – o homem de aço...
Trajetória de vida:
Participação na Revolução Russa: Stalin chegou ao
posto de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e
1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto
de século, transformando o país numa superpotência.Início: Nos últimos anos da
Rússia czarista, entre 1905 e 1917, foi membro do partido bolchevista. Lênin o
havia escolhido para ingressar no Comitê Central dos Bolchevistas, em 1912.
Escreveu, nesse período, "O Marxismo e a Questão da Nacionalidade".Após
a Revolução Russa, voltou para São Petersburgo, onde escreveu artigos para o
jornal Pravda ("A Verdade").Entre 1919 e 1922, foi Comissário do
Controle do Estado e, em 1922, tornou-se Secretário Geral do Partido, dando
início a sua hegemonia política, que se consolidaria logo após a morte de
Lênin.Nos anos 1930, instaurou um regime de terror. Acabou com as liberdades
individuais e criou uma estrutura policial e militar de combate aos inimigos do
regime. Calcula-se que Stalin tenha sido responsável pela morte de 12 milhões
de pessoas que se opunham ao seu poder.Stalin assinou um pacto de não agressão
com Adolf Hitler em 1939. No entanto, com a invasão da União Soviética pelas
tropas alemãs, acabou aliando-se ao Reino Unido e aos Estados Unidos.
Josef Stalin morreu em 1953, após permanecer 25
anos no poder.
No pós-guerra, Stalin estabeleceu a
hegemonia soviética na Europa do Leste, com o domínio da República Democrática
Alemã, a Tchecoslováquia e a Romênia, elevando o bloco soviético à condição de
superpotência.
Falece aos 77 anos o cantor de Trololo
Minha primeira postagem foi sobre uma música que fez um sucesso aqui em 2010. Mas a letra foi composta por um músico soviético Arkadi Ostrovski, na época a censura sociética não aceitou o texto, pois estava em plena Guerra Fria e proibiu sua interpretação em público.
Por esse motivo, Khil barítono formado pelo Conservatório de Leningrado( atual São Petersburgo) e artista honorífico da União Soviética, optou por interpretar a canção sem articular nenhuma palavra, sem falar que em 1973, ganhou um prêmio no International Youth Festival em Berlim, e posteriormente fez uma turnê mundial, na qual visitou 80 países.
Eduard Khil faleceu na Rússia, no hospital São Petersburgo, de um derrame cerebral. A família de Khil estava esperando a ajuda da ministra de saúde da Rússia para arcar com os custos do tratamento, mas não deu tempo.
Foi uma surpresa, porque quando fiz a primeira postagem não tinha nem indícios de que Eduard Khil poderia estar doente.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Os Conflitos nos países da ex-união soviética,atual CEI
Durante o periodo de existencia a URSS foi,em termos de area,o maior país do mundo,tinha cerca de 22.402.200km(quadrado). Era tb um dos mais diversos,com mais de um cem nacionalidades distintas vivendo em suas fonteiras. Em 1990 penultimo ano da existencia,a URSS contava com 20 republicas autônomas,8 distritos autônomos,6 regoões e 114 provincias.
No final dos anos de 80,o então presidente da URSS Mikhail Gorbatchev deu inicio a um processo de abertura economica e politica. No lado economico,o sistema planejado com politicos sociais deveria ser substituido gradualmente por elementos da economia do mercado (cap) uma mudança dificil que já foi acompanhada da queda de produtividade em mts setores. A partir de 89,conflitos q já existiam entre o parlamento da URSS e os das republicas se intensificaram. A discussão era focada na divisão de poderes entre o governo central e os governos das republicas. O surgimento do nacionalismo étnico em varias republicas e as exigências crescentes de autonomia pioraram os conflitos.
Em dezembro de 1991, 3 republicas : estonia,letonia e lituania atingiram independencia completa e foram reconhecidos como estados soberanos. Gorbachev discursou em agosto de 91 no parlamento e disse que a URSS se transformaria numa confederação e com um novo nome de união livre das republicas soberanas. Esta união teria certo grau de integrações em politica externa,defesa e economia,mas as republicas não conseguiram chegar a um acordo.
Os conflitos afloraram as diferenças socias: etnicas,religiosas e economicas que estimularam os movimentos separatistas de cunho nacionalistas.
No fim do socialismo na união soviética e a adoção da economia de mercado (cap) giraram toda a situação atual de conflitos. Naquele momento,como todos lutavam pela construção da qualidade de vida coletiva não existia a ambição pelo poder. O fim da URSS e a formação da CEI iniciaram um processo,que talvez não tivesse retorno.
domingo, 3 de junho de 2012
Expurgos do Stalinismo.
Embora na maioria dos países comunistas tenha tido execuções de comunistas suspeitos no fim dos anos 40 e no início dos anos 50, não se compara a proporção do Grande Expurgo Soviético dos anos 30. No outro sentido do termo, o "expurgo", ou seja, a remoção de membros do Partido Comunista (uma remoção política, diferente da morte física) foi maciço. Mesmo na Alemanha Oriental, onde nenhum comunista proeminente foi preso, o partido teve seu tamanho reduzido de 2 milhões de membros em 1948 pra 1,2 milhão em 1951, sendo os antigos membros do Partido Social-Democrata alemão os mais afetados. No Leste Europeu como um todo, um em cada quatro membros de um partido comunista sofreu algum tipo de perseguição nos anos 1948 e 1953.
Embora tenha sido o último Estado europeu a se tornar Comunista, a Tchecoslováquia foi aquele em que a repressão foi mais severa. Isso talvez tenha sido um tributo stalinista a própria força da democracia tcheca. Nenhum país do centro da Europa foi mais democrático no período entra as guerras do que a Tchecoslováquia, e nos três primeiros anos do pós-guerra o pluralismo político foi preservado, embora os comunistas tivessem o partido político maior e mais forte. Um partido com uma parcela da população maior do que a normal em seus quadros, e com apoio maciço, era tb menos fácil de ser controlado por Moscou. O trabalho de pesquisadores russos confirma o quanto era central pro raciocínio de Stalin, naqueles anos pós-guerra, a insistência não apenas pra que todos os países do Leste Europeu subordinassem sua política externa aquela que emanava da União Soviética, mas pra que eles moldassem seus partidos comunistas de acordo com o partido soviético, expulsando todos os membros que mostrassem qualquer sinal de que pensavam de forma diferente, principalmente aqueles que poderiam se identificar com Rajk ou Tito.
Embora tenha sido o último Estado europeu a se tornar Comunista, a Tchecoslováquia foi aquele em que a repressão foi mais severa. Isso talvez tenha sido um tributo stalinista a própria força da democracia tcheca. Nenhum país do centro da Europa foi mais democrático no período entra as guerras do que a Tchecoslováquia, e nos três primeiros anos do pós-guerra o pluralismo político foi preservado, embora os comunistas tivessem o partido político maior e mais forte. Um partido com uma parcela da população maior do que a normal em seus quadros, e com apoio maciço, era tb menos fácil de ser controlado por Moscou. O trabalho de pesquisadores russos confirma o quanto era central pro raciocínio de Stalin, naqueles anos pós-guerra, a insistência não apenas pra que todos os países do Leste Europeu subordinassem sua política externa aquela que emanava da União Soviética, mas pra que eles moldassem seus partidos comunistas de acordo com o partido soviético, expulsando todos os membros que mostrassem qualquer sinal de que pensavam de forma diferente, principalmente aqueles que poderiam se identificar com Rajk ou Tito.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Princípios socialistas e suas contradições
"Os comunistas não se rebaixam em dissimular suas ideias e objetivos. Declaram abertamente que seus fins só poderão ser alcançados pela derrubada violenta das condições sociais existentes. Que as classes dominantes tremam diante da revolução comunista! Os proletários nada têm a perder senão seus grilhões. Têm um mundo a ganhar.
Proletários de todos os países, uni-vos! "
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.
Georg Plekhanov foi um jovem intelectual que teve a brilhante ideia (ou não) de difundir o pensamento marxista na Rússia. Em 1883 ele fundou na Suíça a primeira organização marxista russa: Emancipação do Trabalho. Essa organização partia da ideia de que o projeto de uma revolução socialista não devia apoiar-se na comuna russa, como pretendiam os "populistas" e sim no proletariado urbano.
Em 1898, em Minsk, na Bielorrússia parte integrante do Império Czarista, nove delegados presentes num pequeno congresso, representando agrupamentos marxistas, fundaram o Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), o primeiro partido marxista da Rússia. Vale lembrar que essa tentativa foi muito reprimida pela polícia política do czar.
Pouco tempo depois em 1900, nosso querido e comentado Lenin, até então discípulo de Plekhanov, lançou o jornal clandestino Iskra (Faísca). A influência do jornal no meio operário foi crescente. Logo após realizou-se o II Congresso do POSDR devido a perseguição da polícia política belga. Houve discordância na definição dos critérios que escolheriam as condições para alguém ser considerado membro do partido.
De um lado havia Julius Martov, companheiro de Lenin na redação do jornal, defendia que deveriam ser filiados todos que aceitassem o programa do partido, ajudassem-no financeiramente e trabalhassem segundo sua direção, dispensando-se porém da obrigação de participação numa das organizações partidárias.
Lenin atriuía a condição de filiado apenas àqueles que, aceitando o programa e a direção partidária, além da ajuda financeira, participassem efetivamente de uma de suas organizações. No fim, Lenin ganhou a votação. O grupo dele passou a ser denominado bolchevique e os seguidores de Martov de mencheviques.
A diferença mais marcante é que os mencheviques defendiam uma aliança estratégica com a burguesia e garantiam a ser necessária uma "etapa burguesa" antes da revolução socialista. Lenin descartava a "etapa burguesa"
O texto em destaque no início revela as definições para uma revolução segundo Marx e Engels a união dos proletários que só os direcionariam para um caminho: o de conquista. Inspirados por esse ideal iniciou-se o agito de contradição na Rússia, já que não visou a união das classes, somente disputa por poder político que de fato nunca alcançou a autonomia dos trabalhadores.
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