domingo, 3 de junho de 2012

Expurgos do Stalinismo.

Embora na maioria dos países comunistas tenha tido execuções  de comunistas suspeitos no fim dos anos 40 e no início dos anos 50, não se compara a proporção do Grande Expurgo Soviético dos anos 30. No outro sentido do termo, o "expurgo", ou seja, a remoção de membros do Partido Comunista (uma remoção política, diferente da morte física) foi maciço. Mesmo na Alemanha Oriental, onde nenhum comunista proeminente foi preso, o partido teve seu tamanho reduzido de 2 milhões de membros em 1948 pra 1,2 milhão em 1951, sendo os antigos membros do Partido Social-Democrata alemão os mais afetados. No Leste Europeu como um todo, um em cada quatro membros de um partido comunista sofreu algum tipo de perseguição nos anos 1948 e 1953.
Embora tenha sido o último Estado europeu a se tornar Comunista, a Tchecoslováquia foi aquele em que a repressão foi mais severa. Isso talvez tenha sido um tributo stalinista a própria força da democracia tcheca. Nenhum país do centro da Europa foi mais democrático no período entra as guerras do que a Tchecoslováquia, e nos três primeiros anos do pós-guerra o pluralismo político foi preservado, embora os comunistas tivessem o partido político maior e mais forte. Um partido com uma parcela da população maior do que a normal em seus quadros, e com apoio maciço, era tb menos fácil de ser controlado por Moscou. O trabalho de pesquisadores russos confirma o quanto era central pro raciocínio de Stalin, naqueles anos pós-guerra, a insistência não apenas pra que todos os países do Leste Europeu subordinassem sua política externa aquela que emanava da União Soviética, mas pra que eles moldassem seus partidos comunistas de acordo com o partido soviético, expulsando todos os membros que mostrassem qualquer sinal de que pensavam de forma diferente, principalmente aqueles que poderiam se identificar com Rajk ou Tito.

Um comentário:

  1. No entiendo mucho pero me ha gustado la información y expurgos que explicaste, gracias!

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