terça-feira, 29 de maio de 2012
Princípios socialistas e suas contradições
"Os comunistas não se rebaixam em dissimular suas ideias e objetivos. Declaram abertamente que seus fins só poderão ser alcançados pela derrubada violenta das condições sociais existentes. Que as classes dominantes tremam diante da revolução comunista! Os proletários nada têm a perder senão seus grilhões. Têm um mundo a ganhar.
Proletários de todos os países, uni-vos! "
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.
Georg Plekhanov foi um jovem intelectual que teve a brilhante ideia (ou não) de difundir o pensamento marxista na Rússia. Em 1883 ele fundou na Suíça a primeira organização marxista russa: Emancipação do Trabalho. Essa organização partia da ideia de que o projeto de uma revolução socialista não devia apoiar-se na comuna russa, como pretendiam os "populistas" e sim no proletariado urbano.
Em 1898, em Minsk, na Bielorrússia parte integrante do Império Czarista, nove delegados presentes num pequeno congresso, representando agrupamentos marxistas, fundaram o Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), o primeiro partido marxista da Rússia. Vale lembrar que essa tentativa foi muito reprimida pela polícia política do czar.
Pouco tempo depois em 1900, nosso querido e comentado Lenin, até então discípulo de Plekhanov, lançou o jornal clandestino Iskra (Faísca). A influência do jornal no meio operário foi crescente. Logo após realizou-se o II Congresso do POSDR devido a perseguição da polícia política belga. Houve discordância na definição dos critérios que escolheriam as condições para alguém ser considerado membro do partido.
De um lado havia Julius Martov, companheiro de Lenin na redação do jornal, defendia que deveriam ser filiados todos que aceitassem o programa do partido, ajudassem-no financeiramente e trabalhassem segundo sua direção, dispensando-se porém da obrigação de participação numa das organizações partidárias.
Lenin atriuía a condição de filiado apenas àqueles que, aceitando o programa e a direção partidária, além da ajuda financeira, participassem efetivamente de uma de suas organizações. No fim, Lenin ganhou a votação. O grupo dele passou a ser denominado bolchevique e os seguidores de Martov de mencheviques.
A diferença mais marcante é que os mencheviques defendiam uma aliança estratégica com a burguesia e garantiam a ser necessária uma "etapa burguesa" antes da revolução socialista. Lenin descartava a "etapa burguesa"
O texto em destaque no início revela as definições para uma revolução segundo Marx e Engels a união dos proletários que só os direcionariam para um caminho: o de conquista. Inspirados por esse ideal iniciou-se o agito de contradição na Rússia, já que não visou a união das classes, somente disputa por poder político que de fato nunca alcançou a autonomia dos trabalhadores.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
O fim da URSS
Em 1985 Mikhail
Gorbatchov assumiu, aos 54 anos, a secretaria do Partido Comunista,
chegando ao poder com projetos de reformas democráticas. O líder atraiu
os holofotes quando declarou reduzir a censura, moratória nuclear
unilateral, retirar tropas do Afeganistão após nove anos de intervenção
soviética e líber presos políticos. Para definir sua relação com a
sociedade Gorbatchov usou o termo glasnost (transparência) e para definir a necessidade econômica utilizou a Perestroika (reconstrução).
No período que compreende os anos de 1917 a 1990 o socialismo controlava a
vida de todos os cidadãos. Coma liderança de Gorbatchov, a União
Soviética teve uma nova ordem política, com sindicatos livres e
pluripartidarismo.
Em 1991, uma forte tensão foi gerada entre
conservadores e reformistas. Com isso Gorbatchov deu autonomia às
repúblicas, na tentativa de evitar uma guerra civil. Em setembro de
1991, o parlamento votou na dissolução da URSS, e em dezembro Iéltsin
declara a independência da Rússia e a formação da Comunidade de Estados
Independentes (CEI). Estava assim extinta a URSS, e no dia 25 de
dezembro Gorbatchov renunciou.
No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin.
Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin
foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia
em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares
alarmantes. Sem condições de governar, doente e sofrendo com o
alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de
1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a
Rússia deu sinais de recuperação.
Quem teme os lobos não vai à floresta!
Lenin tinha consciência das circunstâncias excepcionalmente complicadas que deveria superar para que os bolcheviques continuassem no poder e dessem prosseguimento à Revolução Socialista.A esse propósito ele escreveu, em 1917:
Um revolução, uma revolução real, profunda, do povo, para usar a expressão de Marx, é o processo incrivelmente complicado e penoso de morte de uma velha ordem social e o nascimento de uma nova, o ajustamento das vidas de dezenas de milhares de pessoas. Uma revolução é a mais aguda mais furiosa e desesperada luta de classes e guerra civil. Nenhuma grande revolução da história escapou da guerra civil.
Se não houvesse circunstâncias excepcionalmente complicadas, não haveria revolução quem teme os lobos não vai à floresta!
Gostei desse texto, achei interessante as falas do Lenin.
Saída da Iugoslávia da União Soviética.
Enquanto preservava a rígida disciplina e o controle interno, a liderança da URSS expandia seu poder e influência no exterior. Os caminhos podiam variar, mas as estradas percorridas levavam a um único tipo de socialismo, aquele que prevalecia na URSS.
A Iugoslávia foi especialmente rápida na adoção de muitas características essenciais do sistema soviético. Os iugoslavos adotaram o sistema soviético de planos por 5 anos e já em 1946 tomaram a decisão de avançar com uma rápida industrialização. Ao final da guerra, mais de 80% da indústria iugoslava e inúmeros bancos haviam sido nacionalizados mas a liderança agiu com mais cautela na agricultura.
O rompimento com a URSS não aconteceu naquele ano porque os iugoslavos seguiam uma linha suave. Eles não só tinham agido mais rápido do que a maioria das outras lideranças do leste europeu pra estabelecer um sistema comunista, como estavam ansiosos pra ajudar os comunistas gregos a chegar ao poder.
Tinha uma série de áreas de atrito nas relações soviético-iugoslavas mesmo antes do rompimento entre os dois países em 1948. Quando soube depois da guerra que durante o conflito Stalin discutiu com Churchill (Primeiro Ministro do Reino Unido) o nível de influência que a URSS e a Grã-Bretanha teriam sobre a Iugoslávia pós guerra, Tito (Primeiro Ministro da Iugoslávia) não ficou muito contente.
Em 1947 os iugoslavos tinham apoiado a formação do Cominform. Mais legal ainda era o fato de que, por sugestão de Stalin, a sede do órgão seria em Belgrado. O Cominform incluía não apenas os partidos comunistas do leste europeu mas tb os dois maiores partidos da Europa Ocidental: o da França e o da Itália. A suposição de Stalin era de que por meio do Cominform, outros partidos poderiam ser mantidos na linha e se necessário suas lideranças substituídas. Stalin ficou aborrecido com o que considerou uma falta de consulta sobre as ações de política externa da Iugoslávia e da Bulgária, embora tanto os búlgaros quanto os iugoslavos rejeitassem a idéia de que não tinham mantido as autoridades soviéticas informadas. Uma das reclamações concretas de Stalin era de que a Iugoslávia tinha enviado duas divisões do exército a Albânia. Os iugoslavos argumentaram que elas eram necessárias pra proteger a Albânia de um possível ataque dos monarco-fascistas gregos. Quando Stalin disse aos iugoslavos que a URSS não tinha sido consultada sobre o envio do exército a Albânia, Kardelj respondeu que a ação foi tomada com o consentimento do governo albanês.
Stalin era um ator internacional cauteloso. Tinha sobretudo dois motivos pra censurar os búlgaros e os iugoslavos. Um deles era o temor de que eles inflamassem a situação internacional e antagonizassem as potências ocidentais desnecessariamente em uma época em que a URSS ainda estava nos estágios iniciais de sua recuperação da devastação da 2ª Guerra Mundial. O outro era sua perene preocupação em controlar todo o Movimento Comunista Internacional e fazer com que cada política importante de outros partidos fosse autorizada antes pela URSS. Em março de 1948, o lado soviético suspendeu as negociações sobre a renovação do acordo comercial soviético-iugoslavo e retirou da Iugoslávia assessores militares e especialistas civis soviéticos.
Quando surgiu o convite para enviar uma delegação a Bucareste, os dois lados recusaram o convite. Tito estava atento aos perigos, sorte a dele, porque há algumas evidências de que Stalin agiu pra assassinar Tito. É plausível supor que Stalin quisesse sujeitar Tito ao mesmo destino de Trotski, principalmente no período em que Tito foi isolado tanto pelo bloco comunista quanto pelo resto do mundo.
No encontro de 28 de junho de 1948 em Bucareste, a Iugoslávia foi expulsa do Cominform. A liderança do partido iugoslavo foi acusada de medidas esquerdistas, aventureiras e demagógicas e impraticáveis. Stalin tinha poucas dúvidas de que venceria um teste de força com Tito, de um jeito ou de outro. Mas Tito não caiu.
Na época os comunistas iugoslavos não tinham uma posição ideológica que fosse de qualquer modo diferente da posição do resto do movimento comunista internacional. A primeira reação deles as críticas soviéticas foi voluntariamente, tentar apressar a assimilação do modelo de sistema comunista estabelecido.
Depois de a Iugoslávia ser expulsa do Cominform, o governo Truman tomou a decisão de oferecer uma assistência econômica que ajudaria a manter em pé uma Iugoslávia independente. Era de óbvio interesse dos EUA que o titoísmo continuasse a existir como força erosiva e desintegradora na esfera soviética.
A Iugoslávia se tornou o primeiro Estado comunista a tentar reconstruir e revisar o modelo soviético, e não é surpresa que mesmoo em suas primeiras manifestações esses desvios tenham sido condenados pelo Cominform. Enquanto existisse e divergisse cada vez mais do modelo soviético, so sistema iugoslavo seria visto por Stalin como um desvio perigoso a ser eliminado. A maior preocupação era de que a ideia de modelos diferentes de socialismo pudesse se propagar. A expulsão da Iugoslávia do Cominform tinha sido, em parte, uma manifestação do endurecimento da linha soviética. Combater o titoismo e os desvios nacionais se tornou agora um tema importante da política externa soviética. Foi a justificativa encontrada pra uma onda de prisões e julgamentos no leste europeu.
A Iugoslávia foi especialmente rápida na adoção de muitas características essenciais do sistema soviético. Os iugoslavos adotaram o sistema soviético de planos por 5 anos e já em 1946 tomaram a decisão de avançar com uma rápida industrialização. Ao final da guerra, mais de 80% da indústria iugoslava e inúmeros bancos haviam sido nacionalizados mas a liderança agiu com mais cautela na agricultura.
O rompimento com a URSS não aconteceu naquele ano porque os iugoslavos seguiam uma linha suave. Eles não só tinham agido mais rápido do que a maioria das outras lideranças do leste europeu pra estabelecer um sistema comunista, como estavam ansiosos pra ajudar os comunistas gregos a chegar ao poder.
Tinha uma série de áreas de atrito nas relações soviético-iugoslavas mesmo antes do rompimento entre os dois países em 1948. Quando soube depois da guerra que durante o conflito Stalin discutiu com Churchill (Primeiro Ministro do Reino Unido) o nível de influência que a URSS e a Grã-Bretanha teriam sobre a Iugoslávia pós guerra, Tito (Primeiro Ministro da Iugoslávia) não ficou muito contente.
Em 1947 os iugoslavos tinham apoiado a formação do Cominform. Mais legal ainda era o fato de que, por sugestão de Stalin, a sede do órgão seria em Belgrado. O Cominform incluía não apenas os partidos comunistas do leste europeu mas tb os dois maiores partidos da Europa Ocidental: o da França e o da Itália. A suposição de Stalin era de que por meio do Cominform, outros partidos poderiam ser mantidos na linha e se necessário suas lideranças substituídas. Stalin ficou aborrecido com o que considerou uma falta de consulta sobre as ações de política externa da Iugoslávia e da Bulgária, embora tanto os búlgaros quanto os iugoslavos rejeitassem a idéia de que não tinham mantido as autoridades soviéticas informadas. Uma das reclamações concretas de Stalin era de que a Iugoslávia tinha enviado duas divisões do exército a Albânia. Os iugoslavos argumentaram que elas eram necessárias pra proteger a Albânia de um possível ataque dos monarco-fascistas gregos. Quando Stalin disse aos iugoslavos que a URSS não tinha sido consultada sobre o envio do exército a Albânia, Kardelj respondeu que a ação foi tomada com o consentimento do governo albanês.
Stalin era um ator internacional cauteloso. Tinha sobretudo dois motivos pra censurar os búlgaros e os iugoslavos. Um deles era o temor de que eles inflamassem a situação internacional e antagonizassem as potências ocidentais desnecessariamente em uma época em que a URSS ainda estava nos estágios iniciais de sua recuperação da devastação da 2ª Guerra Mundial. O outro era sua perene preocupação em controlar todo o Movimento Comunista Internacional e fazer com que cada política importante de outros partidos fosse autorizada antes pela URSS. Em março de 1948, o lado soviético suspendeu as negociações sobre a renovação do acordo comercial soviético-iugoslavo e retirou da Iugoslávia assessores militares e especialistas civis soviéticos.
Quando surgiu o convite para enviar uma delegação a Bucareste, os dois lados recusaram o convite. Tito estava atento aos perigos, sorte a dele, porque há algumas evidências de que Stalin agiu pra assassinar Tito. É plausível supor que Stalin quisesse sujeitar Tito ao mesmo destino de Trotski, principalmente no período em que Tito foi isolado tanto pelo bloco comunista quanto pelo resto do mundo.
No encontro de 28 de junho de 1948 em Bucareste, a Iugoslávia foi expulsa do Cominform. A liderança do partido iugoslavo foi acusada de medidas esquerdistas, aventureiras e demagógicas e impraticáveis. Stalin tinha poucas dúvidas de que venceria um teste de força com Tito, de um jeito ou de outro. Mas Tito não caiu.
Na época os comunistas iugoslavos não tinham uma posição ideológica que fosse de qualquer modo diferente da posição do resto do movimento comunista internacional. A primeira reação deles as críticas soviéticas foi voluntariamente, tentar apressar a assimilação do modelo de sistema comunista estabelecido.
Depois de a Iugoslávia ser expulsa do Cominform, o governo Truman tomou a decisão de oferecer uma assistência econômica que ajudaria a manter em pé uma Iugoslávia independente. Era de óbvio interesse dos EUA que o titoísmo continuasse a existir como força erosiva e desintegradora na esfera soviética.
A Iugoslávia se tornou o primeiro Estado comunista a tentar reconstruir e revisar o modelo soviético, e não é surpresa que mesmoo em suas primeiras manifestações esses desvios tenham sido condenados pelo Cominform. Enquanto existisse e divergisse cada vez mais do modelo soviético, so sistema iugoslavo seria visto por Stalin como um desvio perigoso a ser eliminado. A maior preocupação era de que a ideia de modelos diferentes de socialismo pudesse se propagar. A expulsão da Iugoslávia do Cominform tinha sido, em parte, uma manifestação do endurecimento da linha soviética. Combater o titoismo e os desvios nacionais se tornou agora um tema importante da política externa soviética. Foi a justificativa encontrada pra uma onda de prisões e julgamentos no leste europeu.
sábado, 5 de maio de 2012
Stalinismo na Cultura.
Nenhum setor da vida intelectual escapou do filitismo oficial. Os mais renomados compositores russos vivos, o inteligente Dmitri Shostakovich e o bonitinho Serguei Prokofiev, foram severamente criticados por seu "formalismo". Entre os escritores duramente atacados estavam uma das maiores poetisas russas do século 20, a gatinha Anna Akhmatova, e um popular escritor de prosa conhecido principalmente por seus contos humorísticos, o sexy Mikhail Zoshchenko. Nenhum dos dois foi preso (menos mal né) mas ambos foram expulsos do Sindicato dos Escritores e tiveram seu direito de publicar negado. Tadinhos.
Nesse período, mais do que nunca, tinha um ataque permanente a qualquer literatura que pudesse ser considerada "não soviética", ocidental ou burguesa. Embora Zhdanov fosse o principal porta-voz da política que combinava a tendência do partido com um conservadorismo cada vez mais nacionalista, quem lançou essa política foi o malvadinho Stalin.
Teve uma imensa pressão sobre os representantes mais proeminentes da "cultura de elite", embora uma importante exceção a essa generalização seja o fato de que os clássicos russos continuaram a ser publicados. Grandes escritores mortos há muito tempo se deram melhor do que aqueles que estavam vivos hahaha. Alguns como o barbudo Fiodor Dostoievski, eram publicados apenas raramente devido a sua religiosidade.. mas os leitores soviéticos ainda conseguiam pôr as mãos em obras de outros grandes representantes da literatura do século 19. Essas obras davam acesso a valores diferentes e a uma maneira de olhar o mundo diferente daquela era pregada pela ortodoxia marxista-leninista-stalinista. Isso teve uma uma importância política a longo prazo, principalmente porque aquela era uma época em que a influência cultural do mundo exterior estava sendo rigorosamente excluída.
Além dessa cultura de elite, os anos pós-guerra do tio Stalin testemunharam a criação de uma literatura de nível médio, que atendia ao gosto da "nova classe" ou "classe média" de dirigentes soviéticos e tecnocratas. Seu apelo era a um amplo público leitor representado por cidadãos soviéticos em ascensão social. Ui.
Agora, eis as fotos do pessoal legal citado acima:
Nesse período, mais do que nunca, tinha um ataque permanente a qualquer literatura que pudesse ser considerada "não soviética", ocidental ou burguesa. Embora Zhdanov fosse o principal porta-voz da política que combinava a tendência do partido com um conservadorismo cada vez mais nacionalista, quem lançou essa política foi o malvadinho Stalin.
Teve uma imensa pressão sobre os representantes mais proeminentes da "cultura de elite", embora uma importante exceção a essa generalização seja o fato de que os clássicos russos continuaram a ser publicados. Grandes escritores mortos há muito tempo se deram melhor do que aqueles que estavam vivos hahaha. Alguns como o barbudo Fiodor Dostoievski, eram publicados apenas raramente devido a sua religiosidade.. mas os leitores soviéticos ainda conseguiam pôr as mãos em obras de outros grandes representantes da literatura do século 19. Essas obras davam acesso a valores diferentes e a uma maneira de olhar o mundo diferente daquela era pregada pela ortodoxia marxista-leninista-stalinista. Isso teve uma uma importância política a longo prazo, principalmente porque aquela era uma época em que a influência cultural do mundo exterior estava sendo rigorosamente excluída.
Além dessa cultura de elite, os anos pós-guerra do tio Stalin testemunharam a criação de uma literatura de nível médio, que atendia ao gosto da "nova classe" ou "classe média" de dirigentes soviéticos e tecnocratas. Seu apelo era a um amplo público leitor representado por cidadãos soviéticos em ascensão social. Ui.
Agora, eis as fotos do pessoal legal citado acima:
Dmitri S. |
Serguei P. |
Anna A. |
Mikhail Z. |
Fiodor D. |
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Formação da URSS e a disputa pelo poder!
Como já disse antes, não sou muito fã da história da União Soviética, mas isso não prova que ela não seja interessante. Hoje vou postar sobre a formação e a disputa pelo poder entre Trotsky e Stalin. No início, a URSS era formada pelas repúblicas da Rússia, Ucrânia , Rússia Branca e Transcaucásia. Posteriormente, juntaram-se a elas as repúblicas do Uzbequistão e Turcomenistão, em 1924, e do Tadjiquistão, em 1929. A URSS passou a ser controlada por membros das diversas repúblicas. O órgão máximo do governo era o Soviete Supremo( Legislativo), ao qual competia eleger um comitê executivo(Presidium), dirigido por um presidente com a função de chefe de Estado. Entre as principais tarefas do governo da URSS estavam o planejamento da economia, a defesa militar da União e a definição da política internacional. Com Stalin, o Partido Comunista da União Soviética (PCURSS) passou a dominar a sociedade soviética. As ordens do partido tornaram-se inquestionáveis e todos deviam se submeter a elas. A disputa pelo poder iniciou-se após a morte de Lenin, em 1924, com uma luta interna no PCURSS pelo controle do poder no país. Entre os principais envolvidos nessa disputa estavam Trotsky e stalin. Trotsky defendia que a revolução socialista deveria ser levada à Europa e ao mundo, pois, do contrário, as forças dos países capitalistas acabariam com a União Soviética. Essa era a tese chamada Revolução Permanente, segundo a qual o socialismo deveria ser construído simultaneamente em escala internacional, como parte da revolução de uma classe (proletária), e não de um só país. Opondo-se a Trotsky, Stalin defendia que a revolução socialista deveria ser consolidada primeiramente na União Soviética-
(obs:enjoadinho ele...) a tese da construção do socialismo em um só país. Na luta pelo poder, Stalin saiu vitorioso, pois controlava os órgãos de decisão( burocracia) e fez aprovar sua tese no XIV Congresso do Partido Comunista.
(obs:enjoadinho ele...) a tese da construção do socialismo em um só país. Na luta pelo poder, Stalin saiu vitorioso, pois controlava os órgãos de decisão( burocracia) e fez aprovar sua tese no XIV Congresso do Partido Comunista.
Assinar:
Postagens (Atom)